quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

HISTORIA DO VOLKSWAGEN (02)

TEMPOS DE RECUPERAÇÃO

Com o fim da guerra, a Alemanha estava dividida em zonas, a fábrica de Wolfsburg ficou sob controle britânico. Por causa dos intensos bombardeios estava praticamente destruída, mas os ingleses se instalaram nela e, juntamente com o pessoal alemão começaram a reconstruí-la consertando as maquinas que se podia aproveitar para fazer funcionar mais rápido possível. No final de 1945 Wolfsburg já tinha 6.000 trabalhadores, a metade deles se dedicavam exclusivamente a reconstruir a fábrica. Os ingleses então decidiram criar uma numeração nos modelos, para diferenciá-los: O Kdf-Wagen era o Tipo 1, se criou uma segunda numeração que identificava o tipo de carroceria, o 1 era o sedan e o 5, o conversível.


Em 1945 a produção continua numa fábrica em ruínas.


Em março de 1946 saiu de Wolfsburg o Bezouro nº 1.000

No final de 1945 e depois de superar a falta de matéria prima, se conseguiu fabricar 58 veículos do Tipo 11 (Kdf-Wagen berlina) que não eram muito confortáveis. Com a tenaz direção britânica, Wolsfburg sobreviveu ao pós guerra e aumentou sua produção até chegar as 1.000 unidades fabricadas em Março de 1946, aquele montão de ruínas e sucatas haviam se transformado em uma verdadeira fábrica de automóveis.






A fábrica de Wolfsburg em 1949

O primeiro passo para retornar a fábrica a dos alemães foi dado em 1 de Janeiro de 1948 quando Heinrich Nordhoff foi nomeado diretor geral de Wolfsburg por recomendação do major Hirst e do coronel Radclyffe, responsáveis britânicos até então. Nordhoff foi o homem chave para a consolidação definitiva da Volkswagen, diga-se de passagem, em anos difíceis, como foram os da pos guerra européia. Em 6 de Setembro a Volkswagenwerk Gmbh passou definitivamente para as mãos alemãs, convertendo-se em propriedade da República Federal da Alemanha.
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TEMPOS DE ESPANSÃO E TROCAS



Durante os 20 anos que Nordhoff esteve à frente, a empresa experimentou um crescimento e uma expansão espetacular. Tendo as idéias claras de como tinham que ser as chaves da expansão da companhia: fabricar um só modelo de automóvel, fazer as menores possíveis (só para melhorar a qualidade) para não perder seu espírito e, sobretudo, introduzir-se em novos mercados internacionais. Nordhoff sabia que a exportação, era a única maneira de aumentar a produção, mas, para poder ter êxito no exterior, teria de oferecer um modelo de exportação com qualidade maior do que a do modelo alemão. Os modelos Export trouxeram uma melhora nos equipamentos da fábrica.

Modelo export de 1949.


O "Colborne-Baber" una das primeiras importações britânicas pintado em dois tons de azul e com cromados.

O primeiro modelo Export saiu em 1 de Julho de 1949 juntamente com dos novos modelos cabrio: e Hebmüller, de 2 lugares, e o Karmann, de 4 lugares. EUA e Holanda foram os principais mercados exportadores. O primeiro Bezouro Export foi para EUA em 17 de Janeiro de 1949, a produção aumentava num ritmo frenético, se em 1950 a produção diária era de 312 veículos por dia, cinco anos depois era de 1.000 por dia. Os tempos difíceis se acabaram, e a década de 50 firmaria a nível mundial o Bezouro.



Cabriolet Hebmüller dois lugares



Cabriolet Karmann de quatro lugares

Esta nova década começou com uma trágica notícia, em 30 de Janeiro de 1950 morreu Ferdinand Porsche depois de ver seu sonho realizado, a fabricação em série de seus automóveis, mas nem tudo seria ruim para aquele ano. A inauguração de uma nova fábrica em Brunswick; a construção do Bezouro número 100.000; o lançamento de um novo modelo o Tipo 2 "Transporter" (a Kombi e a furgão da Volkswagen) e também de um modelo de Bezouro com meio teto solar de lona, entre um sedan e um cabrio, que vinha equipado com umas curiosas janelas de ventilação posteriores que não tiveram muito êxito e foram substituídas só um ano depois.


Diferentes versões do Tipo 2 (Kombi)

De 1950 a 1953 o desenho do Bezouro experimentou uma série de modificações, tanto exteriores como interiores, sobretudo no modelo Export, cada modificação atraía mais clientes e novos mercados. O término destas modificações foi em 1953 quando a janela traseira partida o "pretzel", foi substituída por uma inteiriça de forma oval.
A partir de 1953 apareceria o modelo com vidro traseiro oval.
A expansão da Volkswagen era plena, em Março de 1953 se inaugurou a fábrica de São Paulo (Brasil), a primeira que fabricava totalmente o Bezouro fora da Alemanha, e, em Agosto de 1955 foi fabricado o de número 1.000.000.


Em 5 de agosto de 1955 o Bezouro nº 1.000.000.

Em 1956 a Karmann apresentou um novo modelo baseado na mecânica do Bezouro e desenhado pela italiana Ghia, o resultado foi um esportivo como os italianos, com a robustez da mecânica Volkswagen, e vinham nas versões coupé e conversível.
Modelo "Karmann-Ghia" conversível.

Modelo "Karmann-Ghia" coupé.
Em 1958 a janela traseira oval desapareceria dando lugar a uma maior com maiôs visibilidade, esta modificação trazia também o para brisas dianteiro maior, lanternas traseira maiores e tampa do motor redesenhada. O Bezouro deixava para traz algumas de suas formas mais clássicas e antiquada, que o tinham caracterizado no início, para que pudesse se renovar totalmente e entrar numa década decisiva e cheia de êxitos, a de 60.


1958 marcou o fim dos ovais
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“ O texto e fotos acima foram retirados e traduzidos do site AMICS DEL VOLKSWAGEM CATALUNYA “ (www.avwc.org).
(continua...)

2 comentários:

Helio Herbert disse...

Parabéns pelo seu blog e sua dedicação a cultura automobilística.

Gustavo disse...

Ótima resenha, não li, comi